quarta-feira, 9 de julho de 2008

A raposa de barriga cheia

A RAPOSA DE BARRIGA CHEIA

Uma Raposa estava em jejum já havia mais de um dia.

Fazia muito frio, e todos os outros animais provavelmente permaneciam em casa ou nas suas tocas, no quentinho.

Os galinheiros estavam todos fechados, para que as Galinhas não pegassem friagem e continuassem a botar ovos.

Assim, não era uma boa ocasião para a pobre Raposa procurar alimento. De todo modo, ela não se dava por vencida.

- A fome é horrível

– Repetia para si mesma a Raposa, enquanto esquadrinhava atentamente cada canto da floresta ,

- Por isso nunca me cansarei de procurar, até que alguma coisa salte fora para matar minha fome.

De fato, sua persistência e meticulosa atenção foram premiadas da maneira mais inesperada.

Do oco de um carvalho saía um cheirinho delicioso:

Era um belo pedaço de carne assada com um pão guardados ali por algum pastor.

Como o farejou, a Raposa se enfiou no buraco, esforçando-se um pouco, porque a entrada era um tanto estreita.

Mal se encaixou nessa espécie de nicho começou a comer com voracidade a farta refeição.

No entanto, quando depois de um breve soninho para fazer a digestão procurou sair, fazendo esforços inúteis, suspirou, desolada:

- Estou com a barriga tão cheia que não consigo fazê-la passar por esta abertura.

-Ai de mim!

-O que faço agora?

-Ficarei aqui, prisioneira?

Uma Raposa, sua amiga, que passava sob o carvalho, a ouviu suspirar e quando soube o motivo de seus lamentos, gritou:

- Tenha paciência, fique tranqüila e verá que com o tempo você ficará magra como quando entrou e poderá sair de novo para a liberdade.

Dô minhoca

DÔ MINHOCA

Desde pequena Dô gostava de dormir, e muito.

Bastava esticar o corpo um pouco de lado e ela logo estava dormindo.

Esticada, enrolada de cabeça para cima, cabeça para baixo.

De qualquer jeito Dô embalava um sono que ia até o dia seguinte.

A comunidade das minhocas era bem agitada.

Ocupadas em fazer coisas, cavar buracos e realizar tarefas sem parar.

Dô gostava disso, só que tanto trabalho dava muita fome e depois de comer, logo ia cochilar um pouco...

As minhocas comem de tudo: pedaços de folhas, frutas, raízes, etc.

Dô sabia que este trabalho debaixo da terra criava um ambiente rico em plantas e bichos, um mundo que ela sonhava em conhecer melhor Dô tinha muitos amigos.

Ângulo só andava em linha reta, sempre com pressa.

Espiral vivia enrolado, fazia tudo de trás para frente, e Pincel era pintor.

Dô tinha uma paixão secreta pelo artista e sonhava com ele pintando seu retrato.

Certo dia a terra tremeu.

Uma pá abriu um buraco e um homem apanhou um monte de minhocas e jogou num balde para usar como isca numa pescaria.

As minhocas se remexiam tentando fugir e Dô também ficou presa ali.

Dô foi parar num anzol e levou um choque com a água gelada.

Foi engolida pelo peixe e na barriga dele estava tão quentinho que ela acabou dormindo.

Não viu nem o peixe ser pescado pelo homem e ser limpo e colocado numa panela.

Um gato miando chamou a atenção da cozinheira.

Como havia muitos peixes ela acabou dando um para o bichano esfomeado.

Dô tinha acabado de acordar e então viu a boca do gato carregando o peixe feliz da vida .

O cachorro já esperava o gato para atacar e os dois ficaram correndo em volta da casa.

Quando ia ser pego o felino deu um salto e pulou para uma janela em que o cão não alcançava.

Ficou latindo e rosnando até cansar.

O gato teve paciência e esperou ficar tudo calmo antes de sair para comer sua refeição.

Mas antes de pular para o chão Dô Minhoca saiu da boca do peixe e olhou com curiosidade para aquelas novas paisagens.

Dô olhou o sol vermelho descer e depois a lua prateada subir devagar.

Até perdeu o sono e passou a noite acordada querendo entrar naqueles buraquinhos de estrelas.

Nunca imaginou que o mundo podia ser tão grande.

De manhã Dô foi pega por um pássaro que procurava alimento.

Ele voou alto e Dô se debateu muito.

Seu rabo acabou batendo no olho do pássaro, que a soltou.

Ela caiu lá de cima sobre a grama fofa sem se machucar.

Ao encontrar um Caracol que usava uma concha como casa, Dô gostou da idéia e fez o mesmo.

Mas acabou achando que assim andava muito devagar e resolveu voltar sua vida de minhoca e ver se encontrava o caminho do minhoqueiro.

Dô cavou, revirou mas não achou o caminho de casa.

Já estava desistindo quando Ângulo apareceu dizendo que estavam todos preocupados.

Dô ficou aliviada e feliz ao saber que haviam preparado uma grande surpresa para ela.

Em casa, Dô encontrou os amigos na exposição de quadros de Pincel.

E o que estava fazendo mais sucesso era o retrato dela!

Seu coração de minhoca disparou e ela desmaiou de cansaço e felicidade.

Agora Dô queria mesmo dormir, sonhar e acordar de verdade.

Como o sol a lua foram morar no céu

COMO O SOL E A LUA FORAM MORAR NO CÉU.

JÁ TEM MUITO TEMPO QUE ESSA HISTÓRIA ACONTECEU. TANTO TEMPO QUE O SOL E A LUA AINDA MORAVAM NA TERRA.

UM DIA, SOL E LUA ACORDARAM COM TANTA SEDE QUE RESOLVERAM VISITAR SEUS VIZINHOS.

OS PÁSSAROS SELVAGENS, POIS ELES COSTUMAVAM GUARDAR ÁGUA DE BEBER EM GRANDES E PESADOS POTES.

SÓ QUE AO CHEGAREM NA CASA DOS PÁSSAROS, SOL E LUA FORAM PROIBIDOS DE BEBER ÁGUA. DESOBEDECENDO, SOL PEGOU UM POTE PARA LEVÁ-LO ATÉ A BOCA.

E, ASSIM, MATAR A SUA SEDE.

AÍ O DESASTRE ACONTECEU; O POTE ESCORREGOU DE SUAS MÃOS, QUEBROU E TODA A ÁGUA SE PERDEU.

OS PÁSSAROS FICARAM MUITO BRAVOS E SAIRAM CORRENDO ATRÁS DO SOL E DA LUA...

QUE FUGIRAM PARA SE ESCONDEREM NUMA CABANA NO MEIO DO MATO.

MAS DE NADA ADIANTOU, FORAM DESCOBERTOS FOI AÍ, ENTÃO, QUE O PIOR ACONTECEU: SOL FICOU QUENTE DEMAIS DE RAIVA.

OS PÁSSAROS NÃO AGÜENTARAM TODO AQUELE CALOR E COMEÇARAM TODOS JUNTOS A ABANAR SUAS ASAS CADA VEZ MAIS,... FAZENDO UM VENTO TÃO FORTE QUE FOI CAPAZ DE LEVANTAR SOL E LUA ATÉ O CÉU.

E NUNCA MAIS SOL E LUA DESCERAM LÁ DE CIMA